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Par joyeuse1 le 21 Janvier 2009 à 01:02
Adiamento -
Álvaro de Campos"Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
<nobr>Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,</nobr>
<nobr>E assim será possível; mas hoje não...</nobr>
<nobr>Não, hoje nada; hoje não posso.</nobr>
<nobr>A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,</nobr>
<nobr>O sono da minha vida real, intercalado,</nobr>
<nobr>O cansaço antecipado e infinito,</nobr>
<nobr>Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...</nobr>
<nobr>Esta espécie de alma...</nobr>
<nobr>Só depois de amanhã...</nobr>
<nobr>Hoje quero preparar-me,</nobr>
<nobr>Quero preparar-me para pensar amanhã no dia seguinte...</nobr>
<nobr>Ele é que é decisivo.</nobr>
<nobr>Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...</nobr>
<nobr>Amanhã é o dia dos planos.</nobr>
<nobr>Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;</nobr>
<nobr>Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...</nobr>
<nobr>Tenho vontade de chorar,</nobr>
<nobr>Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...</nobr>
<nobr>
</nobr><nobr>Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.</nobr>
<nobr>Só depois de amanhã...</nobr>
<nobr>Quando era criança o circo de domingo divertia-me toda a semana.</nobr>
<nobr>Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...</nobr>
<nobr>Depois de amanhã serei outro,</nobr>
<nobr>A minha vida triunfar-se-á,</nobr>
<nobr>Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático</nobr>
<nobr>Serão convocadas por um edital...</nobr>
<nobr>Mas por um edital de amanhã...</nobr>
<nobr>Hoje quero dormir, redigirei amanhã...</nobr>
<nobr>Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?</nobr>
<nobr>Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,</nobr>
<nobr>Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...</nobr>
<nobr>Antes, não...</nobr>
<nobr>Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.</nobr>
<nobr>Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.</nobr>
<nobr>Só depois de amanhã...</nobr>
<nobr>Tenho sono como o frio de um cão vadio.</nobr>
<nobr>Tenho muito sono.</nobr>
<nobr>Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...</nobr>
<nobr>Sim, talvez só depois de amanhã...</nobr>
<nobr>
</nobr><nobr>O porvir...</nobr>
<nobr>Sim, o porvir...</nobr> ".................
Resolvi postar este poema por adorá-lo. Melhor, na verdade, a intenção do post foi entender o pq eu gosto tanto e através disto descobrir o ponto onde o poema "me touche".
<o:p> </o:p>
E depois de um tempo, descobri alguns pqs, mas...
<o:p> </o:p>
“Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...” lol
“Hoje quero dormir, redigirei amanhã...”<o:p></o:p><o:p> </o:p>
Sim...
<o:p></o:p>“Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...”<o:p></o:p><o:p> </o:p>
Não é demais? Adoro Fernando Pessoa...e seus heterônimos!<o:p></o:p>
<o:p> </o:p>
“A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,” – essa frase é boa.
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Par joyeuse1 le 19 Janvier 2009 à 00:12
Le bonheur n'existe pas quand on pense qu'il est un mérite. Voilà, le bonheur n'est pas un mérite!
J'ai toujours pensé que le bonheur était quelque chose que si conquête comme un bien final. Ce n'est pas.
Après penser à ça j'ai découvert que la raison pour être hereux n'est pas faire le bien à quelqu'un ou parce que nous sommes justes, correct, etc dans notre vie. Le bonheur n'est pas un prix, comme avoir de bonnes notes par être studieux à l'école. Néanmoins, ces comportements (d'être juste et faire le bien) peuvent être des comportements de bonheur dès lors que au ces moments chacun trouve avec sien "je" intérieur.
Il me semble que cette rencontre est le bonheur. Et comme ça le bonheur n'est pas extérieur, est intérieur. Et ces moments apparaissent quelquefois quand moins nous attendons. Une simple musique peut nous toucher et apporter un bonheur inattendu, au moment rare. Le même musique dans la même place un autre jour n'apportera pas cet instant de bonheur. Il semble être quelque chose magique, qu'on sens et il ne s'explique pas. Être correct et faire le bien peut ne pas apporter le bonheur, mais je crois qu'apportera un plaisir et donc c'est bien de se maintenir ce comportement.
Quand je pense ainsi, cette pensée m'aide à penser dans combien bien profiter la vie. Quand nous faisons les choses en attendant une récompense, nous cessons remarquer qu'elle (la vie) passe et avec elle il passe aussi les moments de bonheur qui dans le fond sont ce que donne sens a notre vie.
Soyez heureux en profitant du bonheur.
Être heureux est trouver toi même donc être heureux est se connaître.
Pour ça je ferai un effort pour me rappeler ces moments. Qui saura ainsi je ne découvre pas combien je suis et j'ai été heureux et combien je pourrai donner attention à ces rencontres avec moi même?Peut-être celui-ci soit mon chemin dans l'année 2009 !
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Par joyeuse1 le 7 Janvier 2009 à 14:50
Il est possible de croire que toujours a valu la peine vivre une Année Nouvelle !
Bienvenue 2009.
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Par joyeuse1 le 6 Décembre 2008 à 20:12
ourid mara oukra...<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p>
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Ce que je veux ?
C'est simple : je veux toi !<o:p></o:p><o:p> </o:p>
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Toi qui par un temps
m'a donné la joie
la joie dans un monde compliqué.
Toi qui je ne connais pas,
mais que il a su me faire heureuse.
Toi qui a un sourire sincère,
une éducation exemplaire
et une personalité passionnant.
Toi lequel as su me conquérir,
que as su m'attendre et que
malheureusement n'as pas su me comprendre.
Toi que n'as pas réussi à comprendre
que le temps de chacun est différent.
Mais tu peux savoir,
après cette période d'absence,
je sens plus que tu me manque.
Je te veux <o:p></o:p><o:p> </o:p>
et si tu peux m'écouter,
jamais oublie que sa place spéciale
dans mon coeur continue là
le temps a passé,
mais cela n'a pas changé.<o:p></o:p><o:p> </o:p>
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Tu c'est et toujours ce sera mon joli,
même que jamais dans les proches jours tu veuilles entendre cela.
Je t'aime et ma joie est un jour pouvoir le retrouver.
C'est ça ce que je veux.<o:p></o:p>
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Par joyeuse1 le 30 Novembre 2008 à 04:13
"O efeito de uma estrada campestre não é o mesmo quando se caminha por ela ou quando a sobrevoamos de avião. De igual modo, o efeito de um texto não é o mesmo quando ele é lido ou copiado. O passageiro do avião vê apenas como a estrada abre caminho pela paisagem, como ela se desenrola de acordo com o padrão do terreno adjacente. Somente aquele que percorre a estrada a pé se dá conta dos efeitos que ela produz e de como daquela mesma paisagem, que aos olhos de quem a sobrevoa não passa de um terreno indiferenciado, afloram distâncias, belvederes, clareiras, perspectivas a cada nova curva [...]. Apenas o texto copiado produz esse poderoso efeito na alma daquele que dele se ocupa, ao passo que o mero leitor jamais descobre os novos aspectos do seu ser profundo que são abertos pelo texto como uma estrada talhada na sua floresta interior, sempre a fechar-se atrás de si. Pois o leitor segue os movimentos de sua mente no vôo livre do devaneio, ao passo que o copiador os submete ao seu comando. A prática chinesa de copiar livros era assim uma incomparável garantia de cultura literária, e a arte de fazer transcrições, uma chave para os enigmas da China."
Walter Benjamin, in 'Rua de Sentido Único'(http://www.citador.pt/pensar.php?op=10&refid=200811021600)
ð Alguns dias atrás estava pensando e resolvi comentar algo que me incomoda bastante nesse mundo virtual: o uso de textos sem citar autoria ou pior, sem uma razão. Acho interessante após um texto comentá-lo. Isso mostra que se tem algo a dizer e que isso foi estimulado por um texto, por exemplo. Assim, coloquei a passagem de Walter Benjamin e ela me estimulou a escrever. Mas acho muito desagradável o uso de textos sem um porque. É bem freqüente em uma navegação rápida encontrar-se publicações com fontes e tal, mas pq? Qual a graça de apenas divulgar um texto? Só para dar as pessoas a chance de ler algo que se achou interessante? E a opinião própria, onde está? É bem cômodo usar o pensamento de uma outra pessoa para expor algo que se pensa, mas pq não desenvolver o próprio pensamento? Ahhhh, pensar cansa, não é? É melhor pegar pronto...mas isso me cheira a incapacidade. Uma coisa como disse Benjamin, é olhar o traçado de uma estrada e outra trilhá-la. Uma coisa é ler um texto e divulgá-lo como uma opinião em que se está de acordo. Outra bem diferente é entender como se chegou a esta opinião. Essa reflexão certamente estimulará o pensamento e a opinião que surgir na seqüência será única, pois será de quem a pensou. Pode ser muito semelhante a de um determinando autor, mas a argumentação é sua e isso ninguém tira.
Benjamin fala em cópia de textos, mas na sua época não existia o ctrl c + ctrl v...a reprodução de hoje em dia não me parece ser nenhum estimulo ao pensamento. Ou estou enganada?<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p>
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