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Par joyeuse1 le 3 Avril 2009 à 19:58
"Oh meu amigo! Eu esperei
Tanto tempo por respostas
E depois de tanto tempo
Ainda havia mais
Prá esperar..."
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Par joyeuse1 le 28 Mars 2009 à 22:10
Uma peça surpreendente e maravilhosa. É densa, profunda e tem ares psicanalíticos. A peça aborda a complexidade humana, incluindo-se ai as contradições de sentimentos. Dos últimos anos de Festival de teatro, foi a que mais me impressionou.
O detalhe bacana da peça é a mistura de cinema com teatro. É como estar no cinema vendo os atores interpretarem as reproduções, em sincronia. As cenas iniciadas no palco refletem na tela, e vice-versa, de um modo que parecemos estar em uma brincadeira com a nossa percepção, pois é cinema ou teatro? Por horas se tem a impressão de que é uma reprodução, mas ai a atriz acende um cigarro? É muito interessante.
A companhia é chilena e óbvio, o espetáculo é em espanhol. E antes que isso represente um problema, vale a ressalva de que por ser uma fusão de teatro com cinema, tem-se, como no cinema, legenda!
A história da peça é um drama envolvente. O tema é a vingança e o perdão. Algo tão universal e tão singular. Quem não tem algo para contar com esses temas? Todos temos. E por isso pode parecer tratar-se de mais um mero espetáculo sobre o tema, mas não é.
Inicia-se com uma mulher que fala igual fantasma dizendo algo que não lembro mais...rs...acho que era algo sobre vingança..e detalhe que a peça trata da reconstrução da memória...rs...na sequencia aparecem 3 caras a caminho da casa de alguém que mais tarde descobrimos que é o pai da mulher que inicialmente aparece. Eles (os 3 homens) querem se vingar de seu pai por ele ser médico e ter permitido (segundo um deles) que o irmão deste tenha morrido num hospital em um tempo de guerra. Supondo que isto ocorrece, quando sentiu a aproximação dos "inimigos", o pai da menina a esconde e ela não presencia sua morte e a morte de seu irmão, embora ouça tudo. Os homens sabem da sua existencia e a procuram, sendo que um deles a encontra mas não a delata. Depois, um farmaceutico, amigo de seu pai, vai ao seu encontro e a pega para criar. Os homens descobrem seu paradeiro e a menina termina por se casar com um deles. Um tempo depois ele morre e ela continua sua vingança. matando o segundo homem com um tiro e, quando ela encontra com o terceiro, ele sabe que sua hora chegou. Será? Ai que a história surpreende. Ela traz à tona seu lado fêmea e pede para ir para a cama com ele. Uma peça sobre vingança ou perdão?
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Par joyeuse1 le 25 Mars 2009 à 15:07
Adiamento
Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-me para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-me toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.
Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...O porvir...
Sim, o porvir...Fernando Pessoa
(Álvaro de Campos)Pois é, findando o dia, será que depois de amanhã serei outra? Acho que minha cota de lamentações, decepções, menosprezo e tudo de nada alegre que eu poderia almejar se esgotou. O dia também acabou. Aliás, por isso mesmo, chega desse assunto. E felizmente o dia não foi de todo ruim...mas também não foi de todo bom. Em todo caso, ja foi. A nova fase está por começar e vamos ver no que dá! Por hora mato uma vontade que ficou reprimida durante o dia todo: de chorar! Sem explicações...
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Par joyeuse1 le 25 Mars 2009 à 00:18
Sossega, coração! Não desesperes!Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!
Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.Fernando Pessoa
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