• Sabotagem

    Confesso que apesar de pensar sobre esse tema há dias, eu havia desistido de postar. Porém, olha como é a vida: hoje vi claramente um caso típico. E ai foi inevitável não tocar no assunto.

    Esses dias, em conversa com um amigo (por e-mail) escrevi sobre uma autoproteçao que tenho em relação a alguns aspectos...e depois, mais tarde, vi pela tv um comentário sobre um livro chamado "o ciclo da auto sabotagem". O livro pelo que entendi fala de como traumas podem desencadear processos autosabotadores e estes serem autodestrutivos. Pois bem, os traumas podem ser de várias naturezas, mas me pus a pensar sobre os do campo amoroso, como o fim de um relacionamento.


    Quando sofremos o trauma, inevitavelmente vamos literalmente pro fundo do poço. E aqui vejo duas situações distintas: tem os que saem e evoluem e os que se autosabotam e se autodestroem. Estes últimos me preocupam mais.

    Quando se está no fundo do poço, podemos ficar lá, curtindo uma depre e tal, mas apesar de por tempos ser um lugar que parece nosso, é sabido que a única alternativa para sair de lá é voltando à superficie. Para baixo e pro lado não há opção e por isso, por mais que demore, a superfície é o caminho.

    Ai, quando voltamos, parecemos ser outra pessoa. Prometemos a nós mesmos e ao mundo que agiremos diferente, que jamais cometeremos os mesmos erros, enfim superamos e a vida será outra. Mas no fundo, somos outros ou os mesmos?

    Ah, pra quem vem la do fundo do poço, por qualquer motivo, somos outros. Acreditamos ser... 

    Ai o tempo passa...a vida continua e o ciclo completa. O que se ve? A pessoa cometendo os mesmos erros, fazendo exatamente igual o que havia prometido jamais fazer! E agora José?

    Aqui entra a ideia de sabotagem...sem se dar conta, ela apenas se enganou. Passou esse tempo todo em um processo de autoenganação. E ai vamos para mais um ciclo...novas promessas e velhas constatações.

    Desse modo, parece que tenho um olhar pessimista, que estamos condenados. Mas não, justamente por causa do outro tipo. Esse outro tipo, é menos preocupante porque me parece ser consciente. Tem vezes que curtimos o fundo do poço de um modo que dali tiramos verdadeiros aprendizados. Decidimos sair e saimos. A vida é ciclica para todo mundo, de fato. Algumas atitudes, queira-se ou não, se repetirão. São nossas. Mas nesse caso, o circulo é espiral...como uma escada. Tem-se a impressao de que estamos no mesmo ponto, mas na verdade não. Caminhamos e chegamos no andar de cima...e assim continuaremos.

    As vezes nos sabotamos por medo, orgulho (ou no meu caso, teimosia). É preferivel nos autoenganar a mudar. E isso porque essa autoenganação tem também dois lados. Ela pode ser do mal, no sentido de que nos priva de coisas que podem ser boas, mas também pode ser do bem, pois adotando a prática no fundo estamos nos autoprotegendo.

    Foi essa autoproteção que me fez chegar aqui...po, eu me privo, mas vejo como mais prudente se pensar no risco de novamente ir poço abaixo.


  • Commentaires

    1
    Anonimú
    Mercredi 8 Avril 2009 à 05:49
    Esse texto foi foda. Mas n?acredito que seja uma auto sabotagem. Acredito q embora saimos do fundo do po?por algum medo que nos fez cair l?vezes ou outra somos testado com esse medo que tivemos outrora, por?acredito que mesmo aceitando o risco, vc nao cair?o po?novamente, pode at?air, mas saber? atalho mais r?do pra sair de l?porque neesse po? vc j?abe como sair dele f?lmente.
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